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O
autor/editor de História do Café no
Brasil Imperial |
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Meu nome é
Aloysio Clemente Maria Infante de Jesus
Breves Beiler, tenho 51 anos, sou advogado e
pesquisador da História Fluminense.
Passei boa parte de minha infância e
adolescência na região serrana fluminense,
onde cresci ouvindo as histórias das
fazendas de café, dos escravos, dos barões,
das riquezas e das tragédias que se abateram
sobre aquela região. O passado ainda recente
fascina e influencia os habitantes das
cidades do Médio Paraíba, pois está presente
no casario colonial, no barroco de suas
igrejas, nos dormentes da antiga linha
férrea, e nos pés de café que encontramos em
suas matas. O contexto social histórico
verifica-se a todo instante: nos
descendentes de escravos, na população
fazendeira ainda detentora do poder local,
no pleito eleitoral marcadamente coronelista,
nas clãs familiares, na alimentação,
vestuário e na nomenclatura de suas praças e
ruas.
A possibilidade de aprofundar o conhecimento
da história da região surgiu na década de
setenta, na Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro onde realizei intensa pesquisa sobre
o período (1840-1900). Foram analisados
documentos, fotografias, periódicos, quadros
e objetos que pertenceram aos que viveram
naquela época. Visitei as fazendas de café
verificando em algumas o abandono e o
desprezo pela manutenção do bem histórico.
Em outras, graças à iniciativa particular, o
bem está preservado e a história está viva,
podendo ser olhada, tocada, e ser objeto de
estudo daqueles que se interessam pelo
patrimônio histórico.
O farto material para uma análise histórica
existente na região, como por exemplo:
arquivos contábeis das antigas fazendas,
objetos do período escravista, ferramental
utilizado no plantio de café, retratos à
oleo, fotografias, a arquitetura regional,
cemitérios particulares das fazendas,
igrejas e capelas, entre outros, me fizeram
acreditar que era preciso urgentemente
divulgar todo o material coletado, para que
pelo menos a idéia de preservação se fizesse
presente. Portanto, urgente era e sempre
será o o registro iconográfico e documental
de todo o material, pois o tempo é
inexorável e o resultado é o desaparecimento
e a ruína.
O estudo e
a compreensão das causas e fatores que
contribuiram neste hiato de cem anos para a
estagnação econômica da região do Médio
Paraíba, foram importantes para a formação
dos dados coletados. Enfim, tudo isso
resultou:
no sítio
"História do Café no Brasil Imperial", um
projeto de divulgação das riquezas
culturais da região, que resulte na
preservação deste patrimônio histórico;
na
Monografia de Curso de Pós-Graduação (UNIFOA-MUDES,
2001) com o título: "Cidades Mortas:
Declínio econômico das cidades do médio
Paraíba na província do Rio de Janeiro no
ciclo café. Aspectos econômicos,
históricos e sociais das cidades de Piraí,
São João Marcos e Rio Claro no período de
1860 - 1900";
na
participação de seminários e palestras
voltada para o tema;
no
documentário da EPTV de Minas Gerais
(Ribeirão Preto) e Globo Repórter TV Globo
- "O Ouro de Kaffa", sobre o ciclo do
café.
A
inoculação do saudável vírus da preservação
e pesquisa do bem histórico, hoje está
presente, tanto na Internet, quanto nos
organismos que cuidam do patrimônio
histórico, artístico e cultural do País.
O Projeto "História do Café no Brasil
Imperial" é uma uma tarefa
compensadora e gratificante. Não falamos
apenas do café e de sua importância para
nossa história e economia, mas sobre a
História Brasileira. Nossa obrigação é
ampliar e revisar sempre este sítio, para
que os internautas-pesquisadores possam
olhar para o passado e encontrar o passado,
e refletir sobre a melhor maneira de
preservá-lo.
Desejo a todos vocês uma boa viagem, não só
pela antiga província fluminense, mas por
todo o País, através das páginas da História
do Café no Brasil Imperial.
Um abraço,
Aloysio Clemente M. I. de J. Breves
Beiler
Rio de Janeiro, RJ.
soubreves@yahoo.com.br
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