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Fazenda Aymorés

Conjunto das construções da fazenda Aymorés

 

Histórico

         Pertencendo hoje ao município de Piraí, cidade batizada carinhosamente como “Portal do Vale do Paraíba,” a Fazenda Aymorés teve participação marcante no desenvolvimento econômico do Império. Construída entre a Serra dos Tomazes e o riacho “João Congo”, tendo como pano de fundo uma parte remanescente da tão devastada Mata Atlântica, vítima e testemunha, tanto quanto os negros de um período que conhecemos como Ciclo do Café.

        Enquanto propriedade do Barão de Piraí, Aymorés esteve anexada a Fazenda Bela Aliança com o nome de  “Sítio Maria Barbosa”. Por ocasião do casamento de sua filha Ana Clara de Moraes Costa com o Comendador Silvino José da Costa, o casal recebe como presente a fazenda e a administram durante 27 anos. Em seu inventário, Silvino José da Costa, recomenda que as terras sejam divididas. O motivo não fica explícito. Seus herdeiros seguem sua orientação e contratam os serviços do engenheiro João Batista Ballarini, este executa as “plantas” e as “derrotas” da propriedade.

        Em 1892, Manuel Eugênio de Moraes, filho mais velho de Silvino José da Costa e Ana Clara Breves de Moraes Costa, passa a fazenda para Bernardo José da Costa que a administra entre 1892 e 1910. Português da Província do Minho, Bernardo veio para o Brasil à procura de riqueza. Tornou-se mascate, trabalhou vendendo linhas, rendas, agulhas e miudezas em geral para fazendeiros no Vale do Paraíba Fluminense.

        Em 10 de julho de 1910, a fazenda foi arrematada pelo coronel Manoel Luís Garcia Júnior, sendo seu proprietário até 11 de fevereiro de 1928. Novamente a fazenda foi vendida. Seu novo proprietário seria o Sr. Pedro Ramos Costa, e ficariam nela de 1928 à 1960.

        Seu último proprietário foi o Sr. Hélio Monteiro de Carvalho que a administrou até o último dia de sua vida. Ele teve a preocupação em evitar intervenções que descaracterizassem sua arquitetura.  

Leonardo Monteiro

 

 
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