Breves - Ilha de Marajó no Pará

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Histórico  
 
     
     
 

Habitação típica dos canais de Breves

O Município de Breves foi criado pela Resolução nº 200, de outubro de 1851, com a elevação da freguesia de Nossa Senhora dos Breves à condição de Vila.

Durante o período colonial, na chamada Missão dos Bocas, dois irmãos portugueses se estabeleceram: o primeiro, Manoel Maria Fernandes Breves, era solteiro e o segundo, Ângelo Fernandes Breves era casado com Inês de Souza.

Com a instalação de toda a família na região, o capitão-general João de Abreu Castelo Branco, em 19 de novembro de 1738, concedeu a Manoel uma sesmaria, que foi confirmada pelo rei de Portugal, a 30 de março de 1740.

No local de suas terras, Manoel construiu um engenho que denominou Santana, além de fazer, também, plantação de roças, ficando o sítio conhecido como “Lugar dos Breves”.

Depois de instalada, em 1738, a família dos irmãos Breves, no furo Pararau, outros parentes se juntaram, dando ao local tal desenvolvimento que, 1781, Manoel Maria Fernandes Breves e outras famílias requereram ao capitão-general José de Nápoles Tello de Menezes que concedesse ao sítio o procedimento de lugar, que através de uma portaria de 20 de outubro daquele ano, passou a chamar-se de Santana dos Breves, incluindo, também, terras de melgaço.

Com o falecimento dos irmãos, Saturnina Teresa ficou como única proprietária, em 1854, da antiga sesmaria dos Breves e, ao tentar reivindicar seu patrimônio, nada conseguiu.

Esta última representante da família era analfabeta e, segundo Palma Muniz, nada se conseguiu obter do destino e do nome dos seus sucessores.

Até a Lei nº 172, de 30 de novembro de 1850, que lhe conferiu a categoria de freguesia, com nome de Nossa Senhora Santana de Breves, o lugar pertenceu, sucessivamente, a Melgaço e Portel. Pela resolução nº 200, de 25 de outubro de 1851, foi elevada à categoria de Vila e, portanto, criado o Município, ao qual ficou anexado o território da Vila de Melgaço, que perdeu sua autonomia pelo ato.

Apesar de a resolução haver extinto o Município de Melgaço e criado a Vila dos Breves, de fato, não ocorreu a extinção do citado Município, pois o ofício da presidência da Província, de 24 de março de 1852, apenas transferiu a Câmara de Melgaço para a nova Vila.

O crescente e acentuado desenvolvimento do rio Anajás e sua região fez com que, em 1869, pela Lei nº 596, de 30 de setembro, fosse criada a freguesia de Menino Deus do Anajás, tendo sido complementada com a Lei nº 637, de 19 de outubro de 1870, que estabeleceu a incorporação ao Município de Breves de todo o território dessa freguesia que, anteriormente, pertencia a Chaves.

A delimitação do Município foi estabelecia no governo de Augusto Montenegro, pelo decreto nº 1.201, de 18 de outubro de mesmo ano.

No período de 1903-1906 o Conselho Municipal de Breves, através da Lei Municipal nº 190, de 22 de dezembro de 1905, autorizou o intendente municipal, coronel Lourenço de Mattos Borges, a mudar a sede do Município para outro local. O povoado escolhido obteve a categoria de vila com a denominação de Antônio Lemos, pela Lei nº 989, de 31 de outubro de 1906, e pelos decretos 1.508 e 1.509, de 4 de maio de 1907, foram transferidas para lá as sedes do Município e da Comarca de Breves, que foram instalada, em 13 de maio do mesmo ano.

Com a lei nº 1.122, de 10 de novembro de 1909. Antônio Lemos teve o predicamento de cidade e foi instalada a 17 de dezembro do mesmo ano, não conseguindo, entretanto, conserva-se sede do Município, pois a Lei Municipal nº 240, de 18 de março de 1912, a transferiu para a cidade de Breves.

O Decreto nº 6 de 4 de novembro de 1930, manteve o Município de Breves, anexado a este e a Curralinho o território do extinto Município de Melgaço.

Desde a década de 50, o município é constituído por quatro distritos: Breves, Antonio Lemos, Cuurumu e São Miguel dos Macacos.

A denominação vem do sobrenome dos irmãos portugueses Manoel e Ângelo Fernandes Breves.

A cidade de Breves obteve essa categoria pela Lei nº 1.079, de 2 de novembro de 1882 

 
 

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