O
Brasil foi um dos primeiros países do mundo a conhecer um protótipo do
automóvel. Em 1871, antes de Amédée Bollée, na França, dedicar-se à
fabricação de veículos, a Bahia recebia um carro que se auto-movia. A
Bahia tem, entre outras, duas primazias: foi a primeira capital do
Brasil e ganhou o primeiro automóvel brasileiro.
A cidade de Salvador era uma cidade importante, rica e “chique” que é
como se dizia na época. As famílias mais destacadas usavam a cadeira de
arruar ou os corcéis, que eram tratados com carinho especial – quando o
Sr. Francisco Antonio Pereira Rocha importou seu “automóvel”.
Eis como era o monstro: uma máquina enorme, pesada e barulhenta, parecia
com os atuais rolos compressores de pavimentação, mas com uma quinta
roda na frente, responsável pela sua direção. Era movido a vapor e
estava ligado a um carro destinado a acomodar os passageiros, que, na
sua roupa mais elegante, levantavam a cabeça, soberbos do progresso de
sua viatura. |
|
O comendador e o
lobisomem |
|
Das charretes, tróleis,
liteiras e cavalos, a novidade é o automóvel. O comendador Chiquinho de
Moraes, da fazenda Salto Pequeno, em 1906, apelidara os carros de
"Lobisomem":
"Lia no jornal que o lobisomem
pegara um menino no Andaraí, matara um velha na rua do Sabão.
- É uma praga. A polícia não
faz nada."
Armando de Moraes Breves,
quando menino, ganhou de presente um brinquedo - um carro de quatro
rodas. Diz ele no "Reino da Marambaia":
"Acheio-o diferente do tróli.
Mostrei-o ao velho (seu avô).
- Qual automóvel, qual nada.
Chamou-me de bobo, dizendo que
ele (o carro) pegava gente: era o lobisomem."
|
|
Francisco Gullo, Alice Gomes Gullo e filhos. Repare que o veículo
possui duas placas, uma para o Distrito Federal e outra para as
demais regiões do Brasil. |
|
|
|
|
Ford 1929 que pertenceu a
Prefeitura Municipal. Corso no carnaval. |
|
|
Francisco Gullo e seu Ford 1939. |
|
|
|
|
Reynato Breves e seu carro de
passeio da marca Volvo. |
|
|
|
|
|
|
|
|
O jovem e sua imponente DKW
|
Tarzã e a ambulância do
Hospital Flávio Leal. |
|
|
|
|
A Willys lançava nos EUA já em
1946 uma versão com caçamba do Jeep, o Pickup Willys. Da aparência
frontal à distância entre eixos, passando pela mecânica, era muito
similar à Station Wagon, podendo transportar 500 kg de carga. No ano
seguinte aparecia uma versão de entreeixos longo, apta a uma
tonelada.
No Brasil, onde se chamava Pickup Jeep, foi lançado em 1961 com
tração 4x2 e um ano depois com 4x4, já com a frente mais agressiva
(foto) adotada na Rural brasileira. |
|
Rural Willis, modelo que
circulava nos anos sessenta
Um modelo de pickup Willys, idêntico ao
da foto, foi adquirido em 1962. Rodou até os anos 80 em Piraí.
Pertenceu a Reynato Breves que utilizava veículo para sua
fazenda. A pintura cor de abóbora chamava atenção.
|
|
|