O casarão do Sahy

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  A área da Reserva Ecológica do Sahy, um condomínio às margens da Rodovia Rio-Santos, é um lugar bastante agradável. No passado, o local preencheu páginas da história escravagista brasileira. Já serviu também à área de lazer de uma grande empresa mineradora do país. Atualmente, com entrada restrita a moradores e convidados, o local guarda cultura e protege a natureza. Não é difícil caminhar por suas ruas e alamedas e se deparar com corujas, canários e outros pássaros. Alguns chegam a visitar os moradores pousando em suas varandas.

A praia é banhada por águas calmas. No pequeno píer, onde embarcam materiais e funcionários com destino a uma grande empresa que atua numa das ilhas ao horizonte, moradores e visitantes podem arriscar uma pescaria. Os costões também permitem fisgar alguns robaletes. Sentar nas areias do Sahy e contemplar o horizonte é ter a certeza que Deus existe. Aquela visão monumental dá a dimensão de um ser superior capaz de criar tudo e todos. Ao artista que se aventurar por ali, tendo em mãos o cavalete e demais materiais de pintura, não faltará um belo recorte de paisagem a servir-lhe de "molde".
 
Casarão do Sahy que pertenceu ao Comendador Joaquim Breves - Foto: Marcelo Amaral Coelho <http://www.viaarte.org/>
Casarão do Sahy  que pertenceu ao Comendador Joaquim Breves- Foto: Marcelo Amaral Coelho <http://www.viaarte.org/>
Casarão do Sahy que pertenceu ao Comendador Joaquim Breves - Foto: Marcelo Amaral Coelho <http://www.viaarte.org/>
 
Dentro dos limites da reserva está localizado o Centro de Cultura e Educação Ambiental. Uma pequena casa onde são desenvolvidas ações de conscientização ambiental e cultural. Mais a frente, um magnífico casarão conta parte da história do Brasil. Suas paredes erguidas a partir de conchas, pedras e óleo de baleia testemunham fatos que marcaram a nossa história. O casarão pertenceu ao Comendador Joaquim José de Souza Breves, um dos maiores "Barões do Café" que o Brasil conheceu. Figura aristocrática da época cafeeira, o comendador Breves chegou a ter cerca de 6 mil escravos a sua disposição. O casarão era um entreposto usado para "tratar" os escravos que, debilitados em razão da longa viagem, não tinham condições de rumar diretamente para a lavoura. No interior do casarão - hoje transformado em salão de jogos_, uma imensa pintura feita pelo artista plástico Clécio Régis captura o momento em que ali funcionava o entreposto de Breves.

Texto de Marcelo Amaral Coelho, autor do excelente Blogg - ViaArte <http://www.viaarte.org/>

 
Painel com pintura executada por Clécio Régis, representando o comércio escravo. Foto cedida pelo autor.
Painel com pintura executada por Clécio Régis, representando o comércio escravo. Foto cedida pelo autor.
Painel com pintura executada por Clécio Régis, representando o comércio escravo. Foto cedida pelo autor.
 

Cenografia Clécio Régis - A empresa teve início na TV Globo nos anos 80 quando Clécio Regis, na época funcionário da empresa no cargo de pintor de arte, juntamente com seu irmão Cléber Regis, resolveu prestar serviços para a emissora. Com o aumento de sua equipe, ampliou-se seus negócios na área de cenografia. Hoje reconhecida como a melhor empresa de pintura de arte cenográfica, talvez a única, presta serviços na área de cenografia para o que há de melhor. Cenários para televisão, shows, exposições, teatros, carnaval e eventos de diversas naturezas fazem parte do nosso cotidiano. Hoje, na maioria dos grandes eventos cenográficos no Brasil, a Clécio Regis está presente, reforçando a sua imagem de qualidade e competência.
<http://www.clecioregis.com.br/>

 
     
     
 

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