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Curiosidades, Mitos,
Lendas e Realidade nas terras dos Breves |
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Fazenda da Grama. Na década de 50
foi um hotel. Passa_Três, RJ. |
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Breves "esquisitices" |
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Muito discutida na família o perfil dos descendentes do Comendador
Joaquim Breves. Para alguns a coisa começa com a divisão familiar
entre “graúdos” e “miudos”. Os que tinham dinheiro e os que não
tinham.
Outra, era o parentesco e a forte consangüinidade. O “rei do café”
era genro de sua irmã e cunhado de seu sogro, além de ser tio de sua
mulher. Entretanto, entre si, os parentes tratavam-se de modo
distante, como se fossem desconhecidos.
Jocosos? Galhofeiros? Muitos deles foram e são até hoje.
Por exemplo o Comendador Joaquim Breves. Em seu jardim da fazenda da
Grama existiam dezenas de estátuas espalhadas, representando as
estações e deuses gregos. Durante as visitas, que eram freqüentes,
um embaixador se encantou, particularmente com uma estátua de ébano,
em frente à casa. Perguntou onde Joaquim havia adquirido, mas quando
o homem chegou mais perto para tocá-la, Joaquim bateu palmas e
disse: "salta crioula". A negrinha saiu do pedestal correndo, para
espanto do viajante.
Outro comendador, o médico Chiquinho de Moraes, gostava de apelidar
seus parentes. Birí, Boró, Burú. Biribirí, Boroboró e Buruburú. Não
satisfeito recomeçou: Pará, Peré, Pirí, Poró e Purú.
Foi colega de Miguel Couto na faculdade e costumava dizer
barbaridades e coisas engraçadas.
Na sua fazenda do Salto Pequeno quando recebia a visita do novo
pároco. A discussão era feia.
São José era carpinteiro, padre?
Sim, Dr. Chiquinho.
Poderia ter feitos cruzes de madeira?
É possível, respondia o sacerdote.
Então, ele pode ter construído a cruz de Jesus.
O padre saia da fazenda horrorizado. Um herege!!! exclamava.
Prometia nunca mais voltar.
Quando a Light inundou São João Marcos e os habitantes contraíram
febre, disse que era “gráipe”, uma gripe trazida pela Light.
Na Olaria, fazenda abandonada que pertenceu ao “rei do café”, ao ver
entrar uma porca e uma cabra dentro do salão, não resistiu: Acaba de
chegar a Baronesa de Tal e o visconde de Tal para uma recepção.
Figura curiosa era meu tio Padre Reynato Breves. De fino humor, o
sacerdote costuma fabricar velas especiais. A especialidade era
colocar uma pequena bomba dentro de cada vela.
Quando realizava uma cerimônia importante as velas começavam
estourar. Correria geral. Algumas beatas falavam até em milagre.
Uma vez, a molecada acompanhou sua peregrinação pelos morros de
Piraí. Numa casa pediu para usar o toallete. Depois do café,
sentados na varanda ouvimos a gritaria: A dona da casa aos berros.
Sentou no sanitário e os estalinhos debaixo da tampa deixados pelo
padre explodiram.
Genealogista e biógrafo da família, recebeu a visita de um rapaz que
dizia: Padre Reynato, eu sou Breves! E sacou um documento do bolso.
O padre recebeu o documento e aproximou-o da vista para ler. Ao
retirar os olhos do papel, o rapaz havia sumido.
Disse então: "Realmente esse rapaz é Breves. Breves e maluco",
confirmou.
Na sua casa em Barra do Piraí, a sala principal era uma profusão de
relógios-cuco. Colecionador de objetos antigos gostava de admirá-los
na parede. O inferno era nas horas cheias: uma gritaria de cucos.
Ele dizia que nem todos tocavam na mesma hora. Alguns eram
protestantes!.
Santos de todos os tamanhos, oratórios e muitos livros compunham
aquele ambiente. Rezava a Santa Missa sempre na varanda de sua casa
para poucos fiéis. Água benta aos baldes, porque segundo ele mesmo,
o diabo não pedia autorização - "sentava praça em qualquer lugar".
Casas, objetos, carros novos e até animais, eram objeto frequente de
bençãos especiais.
Proteção de Deus é sempre bem recebida, dizia ele.
Recitava os "Sermões" de Pe. Antonio Vieira e se fosse convocado
para as exéquias de alguém, acertava a programação de 40 missas. E
não podia ser interrompido. Era uma atrás da outra.
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Autor: Aloysio C M I J Breves Beiler
junho 2004 |
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© 1996/2010 — Todos os direitos reservados:
Aloysio Clemente M. I. de J. Breves Beiler
História do Café no Brasil Imperial -
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