JOSÉ HENRIQUE FLORES
Tenente Coronel da Guarda Nacional,
latifundiário radicado em Ilhota/Itajai,
na província de Santa Catarina,
casou-se com Maria Clara Breves da
Silveira, sobrinha dos Barões de
Piraí, José Gonçalves de Moraes e
Cecília Pimenta de Almeida Frazão de
Souza Breves, e do "rei do café no
Brasil Imperial" - o comendador
Joaquim José de Souza Breves. Filha de
Francisca Clara de Assis de Souza
Breves - casada pela primeira vez com
Agostinho Luiz da Silveira, filho de
Manuel da Silveira Cardoso, da Ilha de
Faial, e de Dona Maria Rosa de Jesus.
A gleba
de terra compreendia a região desde os
limites da cidade de Itajaí até os
limites do município atual de
Blumenau, estando a sede da Fazenda
onde atualmente se encontra o
município de Ilhota, à época chamando
de Poço Grande.
Figura
conhecida, sendo citado por viajantes
estrangeiros que passaram pela região
no século 19, em seus livros, auxiliou
aos primeiros imigrantes alemães a se
instalarem no vale do Itajai,
anteriores ao Dr. Blumenau, e aos
posteriormente por este trazidos. Sua
casa era ponto obrigatório de paragem
naquela região por desbravar.
A
colônia Belga no Itajaí-açu, de van
Lede em 1845 foi constituída em terras
de sua propriedade compradas pelo
imigrante. Escravocrata, sua fazenda
produzia cana de açúcar e trigo,
sendo, atualmente, resquício daquele
período, o Moinho Adelaide, nas
margens do rio Itajaí-açú, cujo nome
foi homenagem à sua única filha
mulher.
Foi um
dos responsáveis pela criação do
município de Itajaí, sendo membro da
primeira câmara de vereadores da
cidade (1ro. Vereador) em 1859, tendo
posteriormente presidido a mesma no
período de 1865 a 1877.
Foi
um dos responsáveis pela criação do
município de Itajaí, sendo membro da
primeira câmara de vereadores da
cidade (1ro. Vereador) em 1859, tendo
posteriormente presidido a mesma no
período de 1865 a 1877.
Descendentes
JOSÉ HENRIQUES FLORES FILHO - foi
político atuante na então vila de
Blumenau, tendo sido vereador e figura
polêmica na cidade, morto
prematuramente em acidente com sua
Aranha, sem deixar descendentes. Como
vereador mais votado no recém criado
município de Blumenau, torna-se
Presidente da Câmara e assim,
automaticamente, segundo a lei
vigente, torna-se Superintendente da
Vila (prefeito). Isto ocorreu em 1883.
Figura então como o primeiro prefeito
de Blumenau, na galeria dos prefeitos
do município. Governou até 1887.
Depois foi nomeado Fiscal de Rendas,
cargo que ocupava quando faleceu.
AGOSTINHO FLORES - Sempre morou na
sede da fazenda em Gaspar, era eleitor
do 2o. quarteirão com profissão
declarada de "lavrador", foi Juiz de
Paz e faleceu em 1886, solteiro, com
36 anos, em Gaspar;
THOMAZ FLORES - Gêmeo de
Raymundo, tendo Thomaz se casado com
Anna Schramm, descendente de uma das
primeiras Famílias Alemãs se instalar
na Região, onde hoje é o Município de
Gaspar.
RAYMUNDO AQUINO DA SILVEIRA FLORES
- Gêmeo de Thomaz, seguiu a carreria
militar, lutando na Guerra do
Paraguai. Praça em 14 de Janeiro de
1871, foi aprovado no curso
preparatório da Escola de Oficiais em
29 de Dezembro de 1872, graduando-se
Alferes em 8 de Janeiro de 1876. No
período de estudos para o Oficialato,
teve como Habilitação Científica o
Curso de Infantaria e Cavalaria pelo
Regimento de 1874. Durante a Guerra do
Paraguai, foi Capitão do 10o. Corpo de
Cavalaria da Guarda Nacional,
falecendo na Batalha de Curuzu -
Guarnição, sendo homenageado post
mortem como 'MÁRTIR DA PÁTRIA".
CARLOTA
- que casou com 15 anos, com um primo
do Rio de Janeiro, lá teve filhos e
faleceu.
MARIA CLARA - casada duas vezes,
com filhos só do segundo casamento,
tendo falecido em Itajaí.
ANTONIO HENRIQUE FLORES
- que
depois de 1869 foi morar na "Corte",
teve pelo menos 2 filhos naturais (os
dois se casaram em Gaspar -SC - um
deles com uma filha da Carlota (o
marido da Carlota era fazendeiro na
região de Piraí).
ADELAIDE FLORES - filha caçula,
casou-se com o engenheiro alemão
Marcus Konder, cujos filhos e
descendentes foram atuantes na vida
política Catarinense e na República.
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Retificação enviada por
Anisete M. Schmitt
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Como descendente de Maria
Clara Breves da Silveira
(minha trisavó), tomo a
liberdade de esclarecer
algumas informações incorretas
que são publicadas;
1) Adelaide Flores, casada com
Marcos Konder, não é a única
filha do casal, como aparece
na página de abertura "Os
Breves de Itajahy" no texto em
negrito, e em "os latifúndios
do Ten. ...". Ela era a filha
caçula e tinha duas irmãs mais
velhas: a Carlota - que casou
com 15 anos, com um primo do
Rio de Janeiro, lá teve filhos
e faleceu - e a Maria Clara -
casada duas vezes, com filhos
só do segundo casamento, tendo
falecido em Itajaí;
2) o casal teve outro filho -
não citado - o Antonio
Henriques Flores - que depois
de 1869 foi morar na "Corte",
teve pelo menos 2 filhos
naturais (os dois se casaram
em Gaspar -SC - um deles com
uma filha da Carlota (o marido
da Carlota era fazendeiro na
região de Piraí);
3) o filho Agostinho da
Silveira Flores não foi
militar, não faleceu em Lajes.
Sempre morou na sede da
fazenda em Gaspar, era eleitor
do 2o. quarteirão com
profissão declarada de
"lavrador", foi Juiz de Paz e
faleceu em 1886, solteiro, com
36 anos, em Gaspar;
4) Raimundo da Silveira Flores
(irmão gêmeo de meu bisavô
Tomás), é que foi militar.
Conforme os dados apresentados
(que eu não dispunha) foi
Praça em janeiro de 1871,
aprovado no Curso Preparatório
... em dez/1872, graduou-se
Alferes em jan/1876. Mas
finaliza o texto informando
que faleceu na Batalha de
CURUZU!? Esta batalha ocorreu
entre 1 e 3 de setembro de
1866, quase dez anos antes de
graduar-se Alferes. Segundo as
memórias de Marieta Konder
Bornhausen, sua sobrinha, ele
faleceu na região de Lages,
ainda muito moço, talvez antes
de 1880, como militar.
5) o filho José Henriques
Flores Filho, como vereador
mais votado no recém criado
município de Blumenau,
torna-se Presidente da Câmara
e assim, automaticamente,
segundo a lei vigente,
torna-se Superintendente da
Vila (prefeito). Isto ocorreu
em 1883. Figura então como o
primeiro prefeito de Blumenau,
na galeria dos prefeitos do
município.
Governou até 1887. Depois foi
nomeado Fiscal de Rendas,
cargo que ocupava quando
faleceu.
Esta é a contribuição que
tenho a oferecer, para melhor
exatidão dos dados da família.
Envio na oportunidade meus
cumprimentos pelo seu
trabalho.
Atenciosamente
Anisete M. Schmitt
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