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José
Joaquim de Souza Breves, ou José Breves
O dono do
Pinheiro e Bracuhy |
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Comendador JOSÉ JOAQUIM DE SOUSA BREVES
Comendador da Ordem de Cristo e Oficial da Ordem da Rosa,
Coronel da Guarda do Imperador, nascido em 1879, na Fazenda
Manga Larga, em São João Marcos. Filho do Capitão-mór José
de Souza Breves e de Dona Maria Pimenta de Almeida Breves.
Fazendeiro e grande proprietário de terras e escravos, foi
dono da Fazenda do Pinheiro, atualmente Pinheiral- RJ, e
inúmeras outras propriedades. Considerado juntamente com seu
irmão "o rei do café", um dos maiores produtores do Brasil
Imperial. Casado com sua sobrinha Dona Rita de Moraes
Breves, filha dos Barões de Piraí, não deixou descendentes.
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Ordem da Rosa |
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Do
Comendador José Joaquim de Souza Breves, ou José Breves, como era
comumente chamado, escreveu detidamente o Dr. Mathias Gonçalves de
Oliveira Rôxo*:
Foi proprietário da decantada Fazenda do Pinheiro, no município de
São João Baptista do Arrozal, além de inúmeras outras propriedades e
vários milheiros de escravos. Suas propriedades territoriais
estendiam-se até Mangaratiba e Angra dos Reis, e dentro delas,
achava-se a célebre Ilha Francisca, fronteiriça à Angra dos Reis.
Comendador da Ordem da Rosa e Cavaleiro de Cristo, José de Souza
Breves foi casado com sua sobrinha Dona Rita Clara de Moraes, filha
do Barão de Piraí - José Gonçalves de Moraes e de Dona Cecília
Pimenta de Almeida Frazão de Souza Breves - Baronesa de Piraí, sua
irmã.
Não tiveram descendentes, tendo o velho Comendador falecido depois
de sua mulher, deixando belíssimo testamento do qual se depreende
seu espírito altamente filantrópico, mas que infelizmente jamais foi
cumprido no todo. Não só deixava forros todos os seu numerosos
escravos, como ainda lhes deixava terras onde vivessem, e de cujo
maneio poderiam tirar farto sustento para si e seus descendentes.
Deixava ainda outros legados filantrópicos, como cem apólices de um
conto de réis cada, cujos rendimentos deveriam ser aplicados em
prêmios quinquenais, aos melhores livros que no Brasil fôssem
escritos para o ensino primário e para a educação religiosa católica
romana e social do povo.
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Fazenda do
Pinheiro - fachada principal. |
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Detalhe do
interior do casarão do Pinheiro |
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Tal prêmio jamais foi concedido,
não tendo mesmo o Ministério a cujo cargo se achava entregue a
instrução do País, recebido tais apólices. Isto em testamento feito
em 1877, aberto em 1879, ano de seu falecimento e até agora não
cumprido de todo.
Nascido na Fazenda
Manga Larga de seu pai, fez rápida fortuna, possuindo cultura
invulgar, soube administrar suas propriedades com excelente
desempenho, aliando a técnica ao trabalho escravo.
Pelos dados fornecidos por Sebastião Ferreira Soares em seu "
Histórico da Companhia Industrial Estrada de Mangaratiba ", José
Breves colheu: 90.000 arrobas de café em Arrozal, distrito de Piraí;
10.000 arrobas em Barra Mansa, na Freguezia do Espírito Santo, no
ano de 1860, produção considerada altíssima para aquelas paragens.
(Taunay*)
*TAUNAY, Affonso de Escragnolle. História do Café no
Brasil, Rio de Janeiro, Departamento Nacional do Café. Tomo VIII.
1939. |
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Aloysio Clemente M. I. de J. Breves Beiler
História do Café no Brasil Imperial -
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