|
Descrição
Heráldica do brasão de Piraí, RJ:
Parte superior, figura de duas coroas de Brasões (Barão do Piraí
e Barão de Mambucaba) que na época colonial, fixaram
nesta cidade, coroas em amarelo e fundo vermelho. Espaço abaixo
à direita, rio Piraí, que traz em ponto turístico e tem grande
destaque, suas águas fornecem energia elétrica para a cidade e
para o Rio de Janeiro, leito em branco fundo verde.
Espaço à esquerda, as estrelas representando o ensino, sendo
colorido em branco e fundo em azul. Abaixo. O símbolo da
Indústria e do Comércio, em branco e fundo
vermelho. Acima do Brasão de Armas a fachada de um castelo, onde
lembra o Brasil colonial, em branco em frisos pretos.Abaixo do
Brasão de Armas uma tarja com o nome do município e as datas,
1770 sua colonização e 1837 sua emancipação, em branco e letras
em preto. Lateral direita o café, que teve seu ponto de destaque
no município e no Estado, oposto a este, a banana, atualmente
tem-se destacado no mercado,colorido nas cores naturais.
Mombuca que em Tupi quando se queria indicar o lugar de alguma
coisa, os índios usavam o sufixo aba. Então, Mombucaba era o
lugar das abelhas. Acredita-se que esta seja a origem do nome
Mambucaba.
Além de
receber o café vindo da Província de São Paulo, suas lavouras
produziram uma quantidade boa de café, tanto que em 1 de março
de 1839, em seu relatório apresentado na abertura da 2a sessão,
da 2a legislatura da Assembléia Provincial, o Conselheiro
Paulino José Soares de Souza, Presidente da Província do Rio de
Janeiro, escreveu assim: "...mais de 4000 arrobas de café vindo
de S. Paulo, alem do de producção d'essa florescente freguezia,
que se póde avaliar em 20000 arrobas". Levando-se em conta que
uma arroba equivale a 14,65 kg, avaliamos a produção anual das
lavouras de Mambucaba, mesmo naquela época, em cerca de 295
toneladas.
Seu nome
oficial era, Freguesia de Nossa Senhora do Rosário de Mambucaba.
Existiam cerca de 20 grandes propriedades, divididas entre
fazendas de café e engenhos de açúcar. Ainda é possível ver as
ruínas dos engenhos do Itapicu, da Fortaleza e de outras
engenhocas no interior do Perequê.
Para se
comercializar o café, existiam cerca de 8 armazéns. Algumas
dessas construções eram sobrados belíssimos, o armazém de café
ocupava uma parte do andar térreo e a residência da família
ocupava a outra parte e o andar superior.
Pelas duas
ou três ruas da pequena vila distribuíam-se 5 armazéns de secos
e molhados; 10 lojas de fazendas; 10 vendas de artigos variados;
3 padarias; 1 açougue; 1 bilhar; 1 relojoeiro e vidraceiro; 1
fogueteiro; 1 carpinteiro; 1 tanoeiro; 1 marceneiro; 1 ferreiro;
5 alfaiates; 2 sapateiros; 1 agência de Correios e um Teatro.
Não podemos esquecer que a vila tinha 1 professor público para
meninos; 1 professora para meninas; 1 professor de música; 2
médicos e cirurgiões; Juiz de Paz; Subdelegado e Vigário.
No
recenseamento feito em 1850, pelo Governo da Província do Rio de
Janeiro, Mambucaba contava 3310 habitantes, divididos em 1784
livres e 1526 escravos. Dos habitantes livres; 1272 eram
brancos, 146 eram indígenas, 310 eram pardos e 56 eram negros.
Dos habitantes escravos; 104 eram pardos e 1422 eram negros.
O porto de
Mambucaba tinha um movimento extraordinário, servia para
exportar o café da província de São Paulo; receber os objetos de
valor, os tecidos finos, os perfumes e as jóias para sustentar a
opulência das famílias dos grandes cafeicultores do planalto
paulista. Infelizmente serviu de porta de entrada para centenas
de escravos, conduzidos às fazendas de café.
Fonte: Almanak Laemmert e Francimar Pinheiro.
Aspectos
da vila histórica de Mambucaba |
Fotos: Milton
Barros |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Agraciado com o título de
Barão em 02/12/1854. Nascido em Piraí em 1801 e falecido em
30/01/1855, sendo sepultado no cemitério da extinta
Irmandade do S. S. Sacramento.
Sargento-mór de
Milícias, Alferes do Segundo Batalhão de Angra dos Reis, foi
um dos grandes benfeitores de Piraí, onde possuía as
Fazendas de "Santa Maria" e "Ponte Alta". Vereador,
presidente da Câmara e delegado de Polícia em Piraí. Juiz de
Paz em Mambucaba, distrito de Angra dos Reis. Filho do
Capitão Francisco Luiz Gomes e Anna Margarida de Jesus de
Souza Breves, nascida em São João Marcos, e falecida em
1852.
José Luiz Gomes - agraciado com o título ( Dec
02.12.1854 ) de Barão de Mambucaba. Título de origem
toponímica, tomado a uma localidade do mesmo nome , no
litoral fluminense ( = do estado do Rio de Janeiro).Filho de
Francisco Luiz Gomes, português, natural da Praça de Chaves
e de Ana Margarida de Jesus de Souza Breves , falecida
octogenária em Piraí-RJ em janeiro de 1852, filha de Antonio
de Souza Breves (o patriarca dos Breves no Brasil) e de
Maria de Jesus. O titular nasceu em 1791 (*) em Piraí-RJ.
Foi Alferes do 2º Batalhão de Angra dos Reis e Juiz de Paz
do Distrito de Nossa Senhora do Rosário de Mambucaba ao
tempo em que residiu naquela vila. Foi Sargento-mór, e mais
tarde Major da extinta 2ª linha do Exército Nacional.
Comandante-Superior da 9ª e 12ª Legiões da Guarda Nacional.
Voltando a Piraí, foi Vereador, Presidente da Câmara e
Delegado de Polícia. Por sua dedicação à ordem legal, em
1842, era José Luiz investido das honras de Oficial da
Imperial Ordem da Rosa e alguns anos depois, recebia do
governo a Comenda da mesma Ordem. Faleceu o Barão em
30.01.1855 ( * ). Era sobrinho do Capitão-mór José de Souza
Breves e tio da Baronesa de Piraí,Cecília Pimenta de Almeida
Frazão de Souza Breves e do Comendador Joaquim José de Souza
Breves; rei do café.Foi proprietário de várias fazendas e de
grande extensão de terras em Piraí, conforme consta dos
livros do Cartório do 2º Ofício de Justiça. Possuía
propriedades em Mangaratiba, conforme o Cartório de Registro
Civil do 3º Distrito de Itacuruçá. Era senhor de uma das
maiores propriedades do sul do Brasil, começando próximo à
Serra da Bocaina, passava ao lado da Serra do Brejão, onde
tem as cabeceiras o Rio Mambucaba, e daí saindo do município
de São José do Barreiro ; SP, atravessava os contrafortes da
Serra Geral, seguindo em frente em direção da vila de
Mambucaba (Angra dos Reis), e à direita penetrava pelo
município de Parati. Esta formidável extensão de terras foi
em parte objeto de desapropriação pelo Governo Federal na
conformidade do Decreto no. 15.561 de 12 de junho de 1922, e
de sentença desapropriatória do Juízo Federal da Seção do
Estado do Rio de Janeiro, em 26 de maio de 1923. No
Município de Piraí possuiu duas grandes fazendas; Santa
Maria; e ;Ponte Alta. Foi casado pela primeira vez com
Marianna Rodrigues Dias e a segunda vez com Francisca Rosa
da Conceição. |
|
|
|
A história do Barão de
Mambucaba é fascinante e me cativa pois moro em Mambucaba
(Vila Histórica) e acho muito interessante a história deste
lugar meio esquecido e abandonado pelo poder público.
Infelizmente, a história vai sendo esquecida e com isto vai
ficando para trás a importância do passado; - um povo sem
"memória" é um povo sem cultura.
A igreja
de Nossa. Sra. do Rosário está interditada pois precisa de
restaurações urgentes. Já existe um movimento para que isto
aconteça mas a morosidade e o descaso estão preocupando as
pessoas de bem e que se preocupam em preservar um dos
últimos patrimônios culturais e arquitetônicos de Mambucaba.
Atenciosamente,
Milton Barros
PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO
HISTÓRICO. por Milton Barros. |
Mais história de Mambucaba,
RJ
Francimar Pinheiro - Mambucaba
|
|
|
Igreja Nossa
Senhora do Rosário de Mambucaba
Foto:
Galeria de Rodrigo Soldon
www.flickr.com/photos/soldon/3053579613
|
Igreja
Nossa Senhora do Rosário de Mambucaba
Foto:
Galeria de Rodrigo Soldon
www.flickr.com/photos/soldon/3053579613
Acesse o site e leia o
excelente texto sobre a vila histórica de Mambucaba.
|
|