Este personagem da história piraiense foi o maior comerciante da cidade no século XIX. Chegou em Piraí no início da década de 1860, vindo da freguesia de São Sebastião da Bodiosa, Província de Beira Alta em Portugal. Casou-se no Rio de Janeiro com Francisca Luiza Pereira Alexandre com quem teve 6 fi lhos.
Chegando em Piraí logo se destacou por ser um comerciante em grande escala abastecendo a cidade e algumas grandes fazendas da região.
Foi proprietário de 32 casas na cidade, mais seu sobrado de morada e um sítio denominado Parreiras.
Como seus negócios cresciam mandou buscar em Portugal seu sobrinho Albino (Alexandre de Souza Lima) então com 14 anos, aqui aportou em 4 de maio de 1870, vindo diretamente para Piraí.
Albino era fi lho de Manoel Alexandre de Lima e Cassiana Cândida de Pinho. Trabalhou sempre com o tio no comércio vindo a ser seu caixeiro. Anos depois abriu seu próprio negócio que ficou muito conhecido em Piraí.
Falecendo Antonio Alexandre em 24 de setembro de 1888, sua esposa começa a se desfazer dos bens situados em Piraí para partir de volta ao Rio de Janeiro sua terra natal.
De suas 32 casas, 20 eram situadas na rua Direita (hoje Barão do Piraí), 5 no largo da Matriz, 3 na rua da Via Sacra, e 4 nos Picões.
Albino casou-se em 09 de fevereiro de 1886, na fazenda de José de Souza Borges, em Thomazes, com Ana Pereira de Souza Lima. Ela, fi lha de Francisco Augusto Pereira e Joaquina de Medeiros Pereira.
Como dote Albino recebeu 20 contos de réis, 2 escravos e o casarão da cabeceira da ponte (hoje demolido). Como seus negócios cresciam, Albino manda buscar seu irmão mais novo Serafim em Portugal para trabalhar junto com ele.
Serafim trabalhava e estudava, vindo a casar-se depois com Josefa Maria da Conceição que era proprietária
da fazenda da Barrinha, passando então a trabalhar por conta própria na compra e venda de café.
Albino teve vários filhos com Ana Pereira entre eles Maria Aparecida de Lima (Maricota) casada com
o grande político piraiense Manoel Teixeira Campos Júnior (Manequinho) e Dalila Lima que foi casada
com Eptácio Teixeira Campos, grande representante da política piraiense no Estado do Rio de Janeiro entre
as décadas de 1920 e 1940.
Serafim deixou 3 filhos, dona Cassiana Candida de Lima casada com Manoel Alexandre de Lima (grande expoente da política piraiense entre as décadas de 1940 e 1960). Seus descendentes em grande número, até hoje representam em Piraí o espírito guerreiro e trabalhador de seus antecedentes.