Com o fim da linha férrea, o ramal da
Rede Mineira de Viação que ligava Passa-Três a Barra do Piraí foi
desativado.
Construir estradas de rodagem era o
lema da época. Estrada é imperativo de progresso. "Governar é fazer
estradas", dizia o Presidente Washington Luiz. É a preocupação do povo
de Piraí, é a preocupação do governo municipal: estradas!. Assim se
expressou o jornal "O Pirahy" em 16 de outubro de 1927.
Aparecem os primeiros automóveis e caminhões em Piraí.
Reynato Frazão de Souza Breves, empreendedor e entusiasta da estrada de
rodagem que substituiu o trem em Piraí, foi o primeiro a colocar em
funcionamento uma linha de ônibus ligando Piraí a Barra do Piraí.
Com seu irmão Humberto de Souza Breves (Filhinho) e o amigo Antonio
Severiano Pereira, idealizaram uma linha de ônibus entre Piraí e Barra
do Piraí em substituição a linha ferroviária que havia sido arrancada
para construção da estrada de rodagem.
Compraram uma "jardineira". Bancos à semelhança dos bondes do Rio de
Janeiro. Tudo aberto. Lonas em volta, ora enroladas ora esticadas,
faziam as vezes de janelas. Era a "perua". Ligava também Piraí a
Passa-Três.
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João Manuel
Marques Costa. Primeiro motorista da empresa Nossa Senhora
Aparecida. |
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No tempo das chuvas, máxima
penitência! Mais atolava que andava. Correntes nas rodas para
enfrentarem os atoleiros. Queixumes e reclamações! Todos lamentavam a
falta do trem.
João Marques que havia sido criado na casa dos Breves pelo Sr. Reynato,
dirigia a jardineira. Ora no volante, ora na enxada. Antes trabalhara
num pequeno caminhão para a Rede Mineira de Viação carregando lenha.
Os três valentes: Reynato, Humberto e Antonio formam então uma sociedade
- a Viação Nossa Senhora Aparecida. Alguns anos depois a sociedade foi
desfeita e ocorreu uma divisão:
Reynato ficou com a linha de Barra
do Piraí ao Rio de Janeiro;
Humberto (Filinho) ficou com a
linha de Barra do Piraí, Volta Redonda, Barra Mansa.
A linha Piraí-Barra do Piraí que
era composta de duas jardineiras de madeira ficou com o genro de Reynato.
Foi vendida em 1952 para a família de Chiquinho Soares.
Denominada de Viação Progresso
pelos irmãos Soares nascia ali a verdadeira vocação daquela família,
que nove anos mais tarde iria vender a padaria e dedicar todos os
esforços e investimentos na Viação Progresso.
Dos oito filhos de Sr. Chiquinho, três permaneceram na sociedade Arlindo
Hélio e Paulo e, hoje, suas três famílias são proprietárias da empresa
que se dedica em profissionalizar a gestão sem perder os principais
valores transmitidos pelo casal Chiquinho e Joanna: simplicidade de
vida, trabalho duro e fé em Deus.
Em 1954, a empresa conquistava concessão do DER-RJ para operar na linha
Vassouras – Barra do Piraí. E, em 1958, sua sede foi transferida para
Barra do Piraí/RJ, onde permaneceu até 1975. Os pilares da Viação
Progresso sao: honestidade, união, respeito, disciplina e persistência.
Com a morte de Reynato Breves em 28
de outubro de 1965 próximo ao Rio de Janeiro, num acidente de carro em
Nova Iguaçú, a empresa entra num longo processo de inventário.
A Viação Barra do Piraí Ltda. passa
a investir em turismo, denominando-se Viação Barra do Piraí e Turismo
Ltda.
Mais tarde, a empresa é vendida
para a empresa Normandy.
Os piraienses se valiam das
empresas: Progresso (Linha Piraí - Barra do Piraí); Viação Barra do
Piraí (Barra ao Rio de Janeiro); ou a Cidade do Aço para Volta Redonda,
Barra Mansa.
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Viação Nossa
Senhora Aparecida |
Viação Barra do
Piraí |
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Viação Progresso |
Viação Progresso |
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Viação Valenciana |
Viação Cidade do
Aço |
Em 1947 é
inaugurada a Viação Valenciana, oferecendo um serviço de ônibus para
Barra do Pirai, com 3 ônibus Chevrolet. |
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Fontes: Fotos:
http://www.ciadeonibus.com/CDO_RJ191_PROGRESSO.htm
http://www.ciadeonibus.com/CDO_RJ113_BARRADOPIRAI.htm
Cia de Ônibus, Augusto Antônio - 1972. |
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