História do Café no Brasil Imperial

O legado de Paulina Breves de Fè d'Ostiani Montholon-Semonville

	A Biblioteca Cívica Queriniana de Brescia abriga numeroso acervo de manuscritos antigos que pertenceram ao conde Alessandro de Fè d'Ostiani. Seu parente, Luigi Francesco (1829-1907), Monsenhor, especialista em direito civil e eclesiástico, foi durante muitos anos o Comissário da biblioteca Queriniana. Se interessou particularmente pela história bresciana: dos nobres da cidade e de sua família, acumulando vasta obra editoral e monográfica. O Fondo Luigi Francesco Fè d'Ostiani foi criado em sua homenagem, e após sua morte, sua sobrinha - a condessa Paulina de Fè d'Ostiani Montholon-Semonville, doou toda a documentação de seu pai para este fundo. São 130 volumes de miscelânea de material antigo, manuscrito, dos séculos XV ao XIX. Os documentos tratam da história local civil e religiosa da comuna de Brescia e arredores. Atualmente, está sendo realizada uma análise de toda esta documentação, e já foi publicado um catálogo para consulta.
Biblioteca Civica Queriniana - Comune di Brescia, Italia
Pallazzo de Fè d'Ostiani, Brescia, Italia.	A condessa Paulina e seu marido Charles Jean Tristan de Montholon (1843-1899), embaixador em Berna, Suíça, não tiveram filhos. O único contato com o Brasil eram as visitas de sua prima Maria Isabel de Moraes Costa Breves, filha de José Frazão de Souza Breves que residia em Paris após se casar com Jean Baptiste Sauzey. A doença de sua mãe, isolada em um quarto da fazenda da Grama em Passa-Três, impedia um contato maior. Com a morte de seu pai, o palácio Fè d'Ostiani, em Brescia, Italia, foi doado para uma instituição de caridade e religiosa.
	Da herança francesa de Paulina restou apenas o epitáfio de seu marido: Sa tombe porte l’épitaphe : " Ici repose le corps de Charles Jean Tristan, comte de Montholon, Ambassadeur de France en Suisse, né le 1° avril 1843, décédé à Berne le 1er septembre 1899. Dans son testament, il a demandé à reposer auprès de son père le Général de Montholon, exécuteur testamentaire de Napoléon 1er. Todos os objetos e acervo pertencentes à Rita Maria de Souza Breves, mãe de Paulina, tiveram um destino até hoje não explicado.