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Rei de Café foi um título informal, dado no
Brasil, no século XIX e no século XX, ao maior empresário rural
plantador de café de sua época. Existiram quatro reis do Café:
Joaquim José de Sousa Breves
Henrique Dumont
Francisco Schmidt
Geremia Lunardelli |
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Joaquim
José de Sousa Breves (São João Marcos, 1804 — Passa
Três, 1889) foi considerado o Rei do Café na época do Brasil
Império. Comendador da Ordem da Rosa, participou do Grito do
Ipiranga, foi deputado liberal e o primeiro cafeicultor a
receber esse apelido. Nasceu na Fazenda Manga Larga, sede da
sesmaria de seu pai, o açoriano capitão-mor José de Sousa
Breves, no município de São João Marcos, atual distrito de
Piraí. Seu falecimento se deu na Fazenda da Grama, no município
de Rio Claro, distrito de Passa Três.
Quando morreu, possuía terras que iam do litoral
sul-fluminense até o sul do estado de Minas Gerais, e cerca de
10 mil escravos.
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Henrique Dumont nasceu em Diamantina, Minas Gerais,
em 20 de
julho de 1832 e faleceu no Rio de Janeiro em 30 de agosto de 1892.
Filho de imigrantes franceses, foi um grande cafeicultor em
seu tempo, é considerado como o segundo rei do café
do Brasil do século XIX. Pai do aeronauta Alberto Santos Dumont. Ajudou na criação do primeiro carro a gasolina junto com
Henry Ford. Em 1890, caiu da charrete de sua fazenda e o
acidente o deixou hemiplégico. Posteriormente, em 1891, em consequência
do tratamento, vendeu sua fazenda e partiu para a Europa com
sua família. |
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Fazenda Dumont, Ribeirão
Preto. Foto: O Estado
de S. Paulo. |
Alberto Santos-Dumont nasceu no
dia 20 de julho de 1873 no sítio Cabangu, no Distrito de
Palmira, em Barbacena, MG. Filho de Henrique Dumont,
engenheiro civil de obras públicas e mais tarde cafeicultor
em Ribeirão Preto, SP, e de Francisca Santos Dumont, filha
de tradicional família portuguesa vinda para o Brasil com D.
João em 1808. |
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Franz Schmidt (seu nome original) é o personagem
central na história da Fazenda Monte Alegre em Ribeirão Preto.
Ele nasceu a 3 de outubro de 1850, em Osthofen, então uma
pequena aldeia, hoje ainda uma pequena cidade, situada no
distrito de Alzey-Worms, estado federal da Renânia-Palatinado,
no centro-oeste da Alemanha. Francisco Schmidt chegou ao Brasil
em 1858, junto com seus pais Jakob e Gertrud Schmidt,
inicialmente colonos na Fazenda Ibicaba (localizada atualmente
no município de Cordeirópolis, mas àquela altura pertencia a
Limeira), propriedade do senador Nicolau Pereira de Campos
Vergueiro. Foi nesta fazenda que Francisco Schmidt, aos oito
anos de idade, entrou em contato pela primeira vez com o café,
ajudando seus pais no cultivo de cafezais. Logo em seguida, a
família Schmidt se transfere para a Colônia São Lourenço na
Fazenda Felicíssima, de propriedade do comendador Luiz Antônio
de Souza Barros, em São Carlos do Pinhal (atual São Carlos). Os
Schmidt adquiriram ainda uma pequena propriedade rural em
Pirassununga, sendo que Francisco Schmidt permanecerá junto a
seus pais até a idade de 23 anos. Em 1873, Francisco Schmidt
casou-se com Albertine Kohl (nascida em Cubatão), de família
alemã oriunda da Turíngia, com a qual teve oito filhos.
Inicialmente, o novo casal trabalhou na fazenda de Antônio
Leocádio de Mattos, e, em 1875, transferiu-se para a fazenda de
Rafael Tobias Aguiar, ambas em Belém do Descalvado (atual
Descalvado). Nesta última fazenda, Francisco Schmidt aprendeu
novos ofícios, tais como mestre de máquinas e administrador. No
ano de 1879, já adquire um “armazém de secos e molhados” (ainda
em Descalvado). Ainda neste período, começa a trabalhar também
como corretor de café para a Theodor Wille & Co (sediada em
Hamburgo, na Alemanha, com filiais em Santos, São Paulo e Rio de
Janeiro), firma que será sempre a principal parceira de negócios
e referência em logística para Francisco Schmidt. Francisco
Schmidt foi reconhecido como o terceiro maior Rei do Café,
depois de Joaquim José de Sousa Breves que foi o primeiro, e de
Henrique Dumont, pai de Santos Dumont, que foi o segundo, e
anterior a Geremia Lunardelli, o quarto e último.
Atualmente, na área restrita da séde da antiga Fazenda Monte
Alegre que pertenceu a Schmidt, em Ribeirão Preto, estão
instalados os Museus Histórico e do Café, administrados pela
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. |
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Geremia
Lunardelli, nasceu em Mansuè, Treviso, em 20 de agosto
de 1885 e faleceu em São Paulo, a 9 de maio de 1962. Foi
denominado rei do café por ter chegado a possuir 18
milhões de pés de café espalhados por suas numerosas
propriedades nos estados de São Paulo, Paraná e no sul de Mato
Grosso, hoje Mato Grosso do Sul. Também tinha terras em Goiás e
no Paraguai.Pelo papel que teve na agricultura brasileira
recebeu em 1933 a Ordem do Cruzeiro do Sul.
A trajetória de Lunardelli inspirou o personagem Geremia
Berdinazzi, interpretado por Raul Cortez na telenovela "O Rei do
Gado".
O Rei do Gado - telenovela produzida pela Rede Globo
(1996-1997) escrita por Benedito Ruy Barbosa.
Protagonistas: Antônio Fagundes, Raul Cortez (foto) e
Patrícia Pillar, Glória Pires e Fábio Assunção.
Rei Do Gado
(Tião Carreiro E Pardinho)
Num bar de Ribeirão Preto eu vi com meus olhos esta passagem
Quando champanha corria solto no alto meio da granfinagem
Nisto chegou um peão trazendo na testa o pó da viagem
Pro garçom ele pediu uma pinga que era pra rebater a friagem
Levantou um almofadinha e disse pro dono eu tenho fé
Quando um caboclo que não se enxerga num lugar deste vem por os
pés
Senhor que o proprietário deve barrar entrada de qualquer
E principalmente nesta ocasião que está presente o rei do café
Foi uma salva de palma gritaram viva pro fazendeiro
Quem tem milhões de pés de café por esse rico chão brasileiro
Sua safra é uma potência em nosso mercado e no estrangeiro
Portanto vejam que este ambiente não é pra qualquer tipo
rampeiro
Com um modo bem cortês respondeu o peão pra rapaziada
Essa riqueza não me assusta topo e aposta qualquer parada
Cada pé desse café eu amarro um boi da minha envernada
E pra encerrar o assunto eu garanto que ainda me sobra uma
boiada
Foi um silêncio profundo o peão deixou o povo mais pasmado
Pagando a pinga com mil cruzeiro disse ao garçom pra guardar o
trocado
Quem quiser meu endereço que não e faça de arrogado
É só chegar lá em andradina e perguntar pelo rei do gado |
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© 1996/2010 — Todos os direitos reservados:
Aloysio Clemente M. I. de J. Breves Beiler
História do Café no Brasil Imperial -
http://www.brevescafe.xpg.com.br - Rio de Janeiro, RJ. |
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