História revisitada...

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  O turismo histórico no Vale do Paraíba. O renascimento do vale para festivais de música, cultura e gastronomia.  
     
 
São João da Prosperidade - A residência do Comendador Antonio Gonçalves de Moraes.  
   

A história revisitada nos salões da fazenda São João da Prosperidade

Pausa para ouvir boa música em São João da Prosperidade. Magid e Therezinha de Souza Breves, e as meninas mucamas, num dos salões da casa-grande.

Fazenda São João da Prosperidade

Antiga propriedade do Capitão Mata-Gente. No caminho para Ipiabas, próximo à Barra do Piraí, localiza-se a casa do Comendador Antonio Gonçalves de Moraes. filho dos Barões de Piraí - José Gonçalves de Moraes e Cecília Pimenta de Almeida Frazão de Souza Breves.

Em 1873 a Fazenda São João da Prosperidade ganhava sua própria estação ferroviária para embarque de café para o Rio de Janeiro. Movimentada, a propriedade servia de pouso para viajantes e tropeiros no caminho entre a serra fluminense e o Rio de Janeiro. Hoje podemos visitar o fabuloso conjunto da fazenda: sua antiga sede, térrea e de feição bem colonial mineira, com 10 quartos, 5 salões, capela, sala de jantar, cozinha construída com adobe (talvez anterior à própria casa-grande) paredes espessas de pedra e taipa e altíssima cumeeira, bem como escada de pedra, terreiro posterior, o curiosíssimo pouso dos tropeiros erguido frontalmente em pedra, moinho, ruínas monumentais de tulhas,depósitos, senzalas, que a tornavam verdadeira cidade, autêntico burgo que podia levar vida independente das condições ao redor.

Pertence atualmente ao casal Luiz Geraldo Muniz e Magid Breves Muniz, ela tetraneta do “Rei do Café” – o comendador Joaquim José de Souza Breves.

Com uma área de 40 alqueires mineiros, tem como principais atividades a suinocultura e pecuária leiteira e de corte. Localizada entre Conservatória e Barra do Piraí, a Fazenda São João da Prosperidade está aberta a visitação há sete anos, por incentivo do Instituto Preservale. Hoje, os proprietários contabilizam os lucros da iniciativa. Segundo Magid Breves Muniz, em média, 3.400 pessoas conhecem a fazenda por ano. Estão no caminho certo, pois o turismo é a nova fronteira e a redenção econômica do vale do Paraíba.

Os visitantes são recebidos pela proprietária, que mora na fazenda há 25 anos, vestida de sinhazinha, acompanhada de duas meninas trajadas de mucamas, filhas de uma funcionária da fazenda. Magid não é atriz, mas faz um excelente contraponto entre os anos 1800 e os dias de hoje, com uma pitada de humor, conta durante uma hora de visitação a história da casa, de seu antigo dono, o capitão Mata-Gente, e do Ciclo do Café no vale do Paraíba, num passeio emocionante pelas dependências da propriedade que foi construída entre 1820 e 1830.

Num dos salões os turistas podem ouvir um recital de piano de violino que causa emoção. Notável pianista, Therezinha Breves, irmã da proprietária, brinda a todos com alguns clássicos da música de câmara. Após o passeio é servido um café colonial e uma visita ao alambique da fazenda, escoltados por Luiz Geraldo Muniz, um connaisseur da fabricação de aguardente de qualidade, onde se pode degustar uma ótima cachaça. Uma prova aqui e acolá das batidas e côco e maracujá, das envelhecidas e da pura, a compra de algumas garrafas é inevitável e irresistível.

Outra curiosidade da casa é enorme coleção de "galinhas" que a proprietária possui. De todos os tipos, cores, formas e tamanhos, elas  ocupam uma das salas. Parece que são 398 hoje. Uma coleção interessante que é acrescida pelos amigos, e às vezes até por turistas mais entusiasmados. Um turista português encantado com os galináceos acabou enviando de Lisboa um galo, na esperança que o mesmo aumente o plantel.

 

 
     
 

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