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Memórias de um capitão francês.

Stora, Alger.


Novembro de 1613, Marseille,France.

Um capitão francês Louis Pascal, numa carta datada em 23 de novembro de 1613 de Marseille, recorda a luta entre ingleses e franceses, para assegurar o controle do monopólio do comércio junto a corte barbararesque. Ele escreveu:

"... o embaixador da Inglaterra residente, a certa época em Constantinopla, sinaliza ao seu rei, que no Mar Mediterrâneo, existe um bom porto para servir de aos negócios do reino, e que Estora é um deserto desabitado, e que serve perfeitamente aos seus interesses, na extração de coral e impedir a abordagem de corsários cristãos ..."

Para conseguir seus objetivos o embaixador inglês ofertou grandes presentes ao Pacha e ao Grande Turco, afim de obter as cartas-patentes que autorizariam a criação das suas pretensões comerciais e armazéns.

Entretanto, a nota do Senhor de Brèves, embaixador do rei de França em Constantinopla, informa a descoberta da malícia dos ingleses, que dissimularam em projetos comerciais sua verdadeira pretensão, a posse de boa parte desse refúgio na corte Barbaresca.

Savary consegue a regogação dos diplomas obtidos pelos ingleses e habilmente obtém a concessão comercial para a nação francesa.

Nesta época, como capitão de navio em Constantinopla, o dito Senhor de Brèves me comunica esta negociação, e me incumbe do meu retorno a Marseille, juntamente com as pessoas capazes de empreender a pesca e os trabalhos necessários para a construção dos armazéns e o comércio no porto de Stora, bem como suas promessas de desembaraçar as patentes necessárias para o empreendimento.

Logo, um navio de Marseille, armado e municiado de tudo o que era necessário, retorna a Alger comunicando as ordens de Constantinopla. Entretanto, todo a milícia local se revolta, não entendendo o projeto dos franceses para Stora. O não entendimento do ponto principal, ou seja, se o estabelecimento do comércio naquele local não causaria a ruine de Alger e da Barbarie por inteiro. O que se pode entender: "Os cristãos seriam capazes de fazer de Estora, um centro forte de comércio, como tentaram fazer em Tabarka". Em resumo, os franceses não puderam levar seu projeto adiante.

Alger

As memórias do Capitão Louis Pascal são de 1613, os marselheses durante um século lutaram para conservar seus direitos de pesca.

Os arquivos da Compagnie Royale marselhesa revelam que a criação de uma sucursal em Stora pelos franceses, deve-se à concorrência que fariam os ingleses na região.

Eu realizei uma Segunda viagem, menos por fazer comércio que por visitar o país, e constatei a importância daquele ponto que é o melhor da Barbarie.

Estora talvez recebesse um grande número de galeras e galeões, e talvez se fortificasse pela sua utilidade ao bem da Cristandade.

As memórias do Capitão Louis Pascal são de 1613, os marselheses durante um século lutaram para conservar seus direitos de pesca.

Os arquivos da Compagnie Royale marselhesa revelam que a criação de uma sucursal em Stora pelos franceses, deve-se à concorrência que fariam os ingleses na região.

 

 

 

 

     

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