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Estrada de Ferro Pirahyense (1883-1885)

 
 

                                                                                                                 

Estação de trem de Piraí. Alexandre Mackenzie na foto.

 

       

"PELO PRESIDENTE  FORAM APRESENTADAS AS SEGUINTES PROPOSTAS: INDICO QUE A CÂMARA MANDE LANÇAR NA ATA DA SESSÃO DE HOJE QUE O MUNICÍPIO DO PIRAÍ, VIU, CHEIO DE JUBILO, A LOCOMOTIVA DA FERRO CARRIL PIRAIENSE PENETRAR OS RUMOS DE SUA CIDADE E QUE APLAUDINDO TÃO EXTRAORDINÁRIO ACONTECIMENTO, CUMPRIMENTA O TENENTE -CORONEL JOAQUIM OVÍDIO SARAIVA DE CARVALHO, REPRESENTANTE DA EMPRESA DA CONSTRUÇÃO DA ESTRADA, PELO SEUS GRANDES ESFORÇOS, FORÇA DE VONTADE E ATIVIDADE DESENVOLVIDOS EM TAL EMPREENDIMENTO E PELO QUE SE RECOMENDA À GRATIDÃO DE SEUS CO- MUNÍCIPES".

PAÇO DA CÂMARA MUNICIPAL DA CIDADE DE PIRAÍ, 21 DE NOVEMBRO DE 1881. JOÃO ALVES MEIRA- FOI UNANIMENTE APROVADA. JOÃO ALVES MEIRA.

Histórico da Ferro Carril Pirahiense

“ EM VIRTUDE DE DESPACHO E RESPECTIVO CONTRATO DATADO DE 28 DE JUNHO DE 1879, O GOVERNO CONCEDEU À MARCOLINO VENTURA GONÇALVES O PRIVILÉGIO POR 70 ANOS, PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA VIA FÉRREA DA ESTRADA DE SANTANA À PASSA TRÊS, PASSANDO PELA CIDADE DE PIRAÍ. 

A 12 DE JUNHO DE 1883, FOI INAUGURADO O TRECHO SANTANA- PIRAÍ, COM 18 Kms. E A 8 DE JULHO DO MESMO ANO A 2a. SEÇÃO PIRAÍ- PASSA TRÊS, COM 16 Kms., COM OS QUAIS FICOU INAUGURADA A FERRO CARRIL PIRAIENSE, DEPOIS ESTRADA DE FERRO SANTANA, QUE FOI ARREMATADA EM HASTA PÚBLICA PELA CIA. VIAÇÃO FÉRREA SAPUCAÍ, POR OCASIÃO EM QUE TAMBÉM ADQUIRIU A CIA. ESTRADA DE FERRO SANTA ISABEL.

O DEC. No. 55, DE 4 DE MARÇO DE 1890, AUTORIZOU O PROLONGAMENTO REGULADO PELO CONTRATO DE 28 DE AGOSTO DE 1890, EM QUE FOI CONCEDIDO A VIAÇÃO FÉRREA SAPUCAÍ, PRIVILÉGIO PARA LIGAR A ESTRADA DE FERRO DE SANTA ISABEL À ESTRADA DE FERRO DE SANTANA, ATUALMENTE TRANSFERIDAS PARA A REDE MINEIRA DE VIAÇÃO.

OS CONTRATOS PRIMITIVOS EFETUADOS COM O GOVERNO E DATADOS DE 28 DE JUNHO DE 1879, DE 29 DE NOVEMBRO DE 1883 E DE 20 DE JUNHO DE 1884, FORAM FUNDIDOS NO 12 DE JANEIRO DE 1891, FIRMADO COM A CIA. SAPUCAÍ E QUE PASSOU A REGULAR AS RELAÇÕES DA EMPRESA COM O GOVERNO E O PÚBLICO. PROCURAR NO ARQUIVO PÚBLICO OU NO DA DIRETORIA DE OBRAS A CLÁUSULA V DE UM DESSES CONTRATOS, CUJO TEXTO PRESUME-SE SER DO TEOR SEGUINTE: OS CONCESSIONÁRIOS TERÃO A FACULDADE DE ASSENTAR OS TRILHOS DA VIA FÉRREA SOBRE O LEITO DAS ESTRADAS EXISTENTES, DEVENDO, PORÉM, FICAR LIVRE AO TRÂNSITO DE PEÕES E CAVALEIROS UMA PARTE DAS MESMAS ESTRADAS COM LARGURA NÃO INFERIOR A TRÊS METROS. NÃO PODERÃO, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO GOVERNO ALTERAR O TRAÇADO OU O NIVELAMENTO DAS ESTRADAS OU CAMINHOS PÚBLICOS, NEM A DIREÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA, NAVEGÁVEIS OU NÃO, QUE A LINHA FÉRREA TIVER DE ATRAVESSAR. “  (DOCUMENTO EXTRAÍDO  DA DIRETORIA DE OBRAS DO GOVERNO ESTADUAL)

LINHA DA BARRA: A linha da Barra foi construída pela V. F. Sapucaí entre 1892 e 1893. O trecho entre Santa Rita do Jacutinga e Passa-Três, no Estado do Rio, foi construído entre 1879 e 1883 pela E. F. Pirahyense, depois absorvida pela ferrovia mineira. Os trens de passageiros circularam até 1942 entre Barra do Piraí e Passa-Três, terminal da linha no Estado do Rio; até 1961, entre Santa Rita do Jacutinga e Barra do Piraí; até 1970, entre Bom Jardim e Santa Rita; até o início dos anos 70 entre Soledade e Aiuruoca; e até 10/04/1979 entre Aiuruoca e Bom Jardim. Os trilhos de toda a linha já foram retirados.


Desativado em 1942 entre Barra do Piraí e Passa-Três, RJ

A ESTAÇÃO: A estação de Piraí foi inaugurada em 1883, pela E. F. Pirahyense. Em 1885, a ferrovia e a estação passaram para a E. F. Santana, e, em 1889, ambas foram compradas pela E. F. Sapucaí. Em Piraí havia uma oficina de locomotivas da E. F. Santana, que, com a compra pela Sapucaí e a união da ferrovia com Barra do Piraí em 1896, foi fechada e transferida para esta última cidade. Tornaram-se o ramal de Passa-Três, que chegou a ser considerado parte da linha da Barra. No início dos anos 1940, a estação e o trecho Barra-Passa Três foram fechados pela RMV. Os trens que percorriam o trecho entre Barra do Piraí e Passa-Três eram composições diferentes, ou seja, havia uma espera de cerca de uma hora em Barra do Piraí para se mudar do trem que vinha de Soledade para se continuar viagem em outro trem até Piraí e Passa-Três. 

A estação de Piraí foi demolida. A linha da E. F. Santana passava onde hoje é a rua principal, na verdade ligando a via Dutra e Passa-Três a Piraí e a Barra do Piraí. 

 

 
A estação ficava onde hoje está a estação rodoviária, não muito longe da praça central, da usina elevatória (que ficam muito próximos uns dos outros, junto ao antigo leito) e que já não existe há pelo menos uns trinta anos. A antiga linha, como a estrada hoje, acompanha em toda a sua extensão o rio Piraí. Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/rmv_linha_barra/pirai.htm
 

        

 

Na antiga Fazenda das Palmeiras de José Frazão de Souza Breves e Cecília Costa Breves, existia uma parada para o trem da RMV. O casarão foi demolido. Hoje é o bairro Vila das Palmeiras em Piraí, RJ.

 

 

       
   
       
Na fazenda Bela Vista que pertenceu ao Comendador Joaquim Breves, no caminho de Piraí para Passa-Três, aind existe a antiga parada de trens, onde funcionava um armazém.  
 

       

Horário do trem

 

Estação de Sant'Anna da Barra, Santanésia, distrito de Piraí. 

      

 
    Fontes: 
RALPH MENNUCCI GIESBRECHT - ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS DO BRASIL - http://www.estacoesferroviarias.com.br/autor.htm
José Maria Campos Lemos - Arquivo Municipal de Piraí,RJ.

 

 
     
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