História do café no Brasil Imperial

Capítulo VII - Título 15


títulos
 

Os Lima e Silva

   
 

BRASÃO DE ARMAS:Escudo partido em seis quartéis: no primeiro as armas dos Silvas, - de prata, um leão de púrpura, rompente, armado de azul; no segundo de ouro, cinco estrelas de góles, com cinco pontas, postas em aspa; no terceiro as armas dos Limas, - de ouro, quatro palas de góles; no quarto, de azul, cinco flores de liz de ouro, postas em aspa; no quinto, de prata, uma pereira de sinople, entre um crescente de ouro e uma flor de liz de mesmo; no sexto as armas dos Ferreiras, - de góles, quatro faxas de ouro; e por diferença uma brica de prata  com um farpão de sable.

Francisco de Lima e Silva, primeiro e único barão de Barra Grande (Rio de Janeiro, 5 de julho de 1785 — 2 de dezembro de 1853) foi um militar e político brasileiro.

Era filho do marechal-de-campo e comendador da Ordem de Avis, José Joaquim de Lima e Silva e de Joana Maria da Fonseca Costa e neto paterno do sargento-mor de Infantaria João da Silva da Fonseca Lima e de Isabel Maria Josefa Brandão Ivo - que, segundo dizem, era descendente de um irmão do glorioso Santo Ivo, canonizado pelo Papa Clemente VII no ano de 1348, membro de uma das primeiras famílias da Bretanha, em França. Era seu irmão José Joaquim de Lima e Silva (1788-1855), feito visconde de Magé.

Desposou Mariana Cândida de Oliveira Belo em 1801, com quem teve Luís Alves de Lima e Silva, futuro duque de Caxias, José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho, futuro conde de Tocantins, e Carlota Guilhermina de Lima e Silva, casada com seu tio, o barão de Suruí.

Em 1824, com a patente de brigadeiro do Exército Imperial, comandou uma brigada para sufocar a Confederação do Equador. Foi presidente da então Província de Pernambuco (1824 - 1825 e senador do Império do Brasil (1827 - 1853).

Destacou-se como membro da Regência Trina Provisória (1831) durante a menoridade do imperador Dom Pedro II. Os demais membros da Regência foram o marquês de Caravelas e Nicolau Pereira de Campos Vergueiro.

Em 17 de junho de 1831 foi eleito novamente como Regente, dessa vez para a Regência Permanente, junto com Bráulio Muniz e José da Costa Carvalho. Por ter exercido a função por duas vezes, recebeu a alcunha de Chico Regência.

O baronato lhe foi concedido em Carta Imperial de 18 de julho de 1841, o qual foi rejeitado por Francisco de Lima e Silva, ainda que conste no arquivos do Cartório de Nobreza. O título faz referência a Barra Grande, na fronteira entre Alagoas e Pernambuco, onde se concentraram as tropas imperiais à época da Confederação do Equador (ver Baterias de Barra Grande). Recebeu também a grã-cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro.

Genealogia dos Lima e Silva - (Breves, Moraes e Roxo)

Francisco Lima Silva, 1º barão Barra Grande - 08.06.1785 + 02.12.1853
Filho de: José Joaquim de Lima e Silva * c. 1760 e Joana Maria da Fonseca e Costa * c. 1760
Casamentos
Rio de Janeiro, Glória 07.11.1801, com Mariana Cândida Oliveira Belo * 29.04.1783

Filhos:

  • Luis Alves de Lima e Silva, 1º duque de Caxias * 25.08.1803 Ana Luisa Carneiro Viana

  • José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho, 1º conde de Tocantins * 07.10.1809 Emiliana de Morais Maria Balbina da Fonseca Costa

  • José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho, Conde de Tocantis * 07.10.1809 Maria Balbina da Fonseca Costa

  • Maria Bernardina Mafalda de Lima e Silva * 29.09.1810

  • Francisco de Lima e Silva * 12.04.1811

  • Carlos Miguel de Lima e Silva * 25.09.1813

  • Camilo de Lima e Silva * 11.02.1815

  • Carlota Guilhermina de Lima e Silva Manuel da Fonseca de Lima e Silva, 1º barão de Suruí

  • Carlota Leopoldina de Lima e Silva * 06.10.1818

José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho, 1º conde de Tocantins

O Coronel José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho [07.10.1809, Rio, RJ + 21.08.1894, idem], Veador, agraciado, sucessivamente, com os títulos de Visconde com Honras de Grandeza de Tocantins [Mercê de 17.07.1872] e de Conde de Tocantins [Mercê de 30.03.1889].

Deixando o exército, foi reformado no posto de Capitão. Membro da Guarda Nacional do Município da Corte do Rio de Janeiro, onde alcançou a patente de Coronel. Presidente do Banco do Brasil.

Presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Vice-Presidente da Caixa Econômica e Monte Socorro. Secretário da Imperial Companhia de Seguros Mútuos Contra Fogo.

Veador de S. majestade. Comendador da Ordem de Cristo. Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição da Vila Viçosa. Comendador da Imperial Ordem de Rosa [1851]. Comendador da Ordem de Ernestina de 2.ª Classe, da Coroa Ducal da Saxônia. Dignitário da Imperial Ordem da Rosa.

O primeiro casamento foi em 1836, com Emiliana Umbelina Breves de Moraes, natural de Santana do Piraí, Estado do Rio de Janeiro, filha de José Gonçalves de Moraes e  Cecília P. Frazão de Souza Breves - barões de Piraí.  Foram pais de:

Luiz César de Lima e Silva [26.03.1838, Dores do Piraí, RJ +29.06.1875, Paris, França], Moço Fidalgo da Casa Imperial. Cavaleiro da Real Ordem Belga de São Leopoldo. Oficial da Imperial Ordem da Rosa e Cavaleiro da Ordem de Cristo. Diplomata. Deixou geração do seu casamento, em 1864, em Paris, França, com Vera Haritoff (+ 09.09.1909, Paris, França) irmã de Maurice Haritoff (casado com Ana Clara Breves de Moraes Costa - a famosa Mme. Haritoff), e filha de Alexis Haritoff e de Ana Louy.

O segundo, a 15.04.1848, no Rio, em casa da avó paterna da noiva, sua prima Maria Balbina de Souza da Fonseca Costa [27.01.1828, Rio, RJ - 20.07.1912, idem], condessa de Tocantins, filha do Marquês da Gávea e terceira neta do sargento-mor João Francisco da Costa, patriarca da família Fonseca Costa, do Rio de Janeiro. Pais de:

  • Francisco de Lima e Silva * 1849 nc ss

  • Mariana Cândida da Lima e Silva Luis Otávio de Oliveira Roxo, 2º barão e 1º visconde de Vargem Alegre

  • Manuel António de Lima e Silva nc ss

  • Emiliana de Lima e Silva mm

  • Maria Bernardina de Lima e Silva Salvador António Moniz Barreto de Aragão

  • Maria Balbina de Lima e Silva Manuel Cosme Pinto

Luiz Otávio de Oliveira Roxo - Nascido em Vargem Alegre, Piraí - RJ, a 28-08-1850, batizado a 02-10-1850 em Piraí. Faleceu em 19-02-1937 no Rio de Janeiro. Proprietário da Fazenda Vargem Alegre. Filho do Barão da Vargem Alegre - Mathias Gonçalves de Oliveira Roxo e da baronesa Joaquina Clara Breves de Moraes, filha dos Barões do Piraí.

Pelo lado materno descende dos Breves: sua avó - a baronesa do Piraí, seu tio-materno - Comenador Joaquim Breves.

Agraciado com o título ( Dec 16.08.1882) de Barão de Vargem Alegre (2º), elevado pelo Dec 11.04.1888 a Visconde. Título de origem toponímica, tomado do local de nascimento do titular, onde tinha propriedade. Casou com Maria Amalia de Lima e Silva, filha do conde de TOCANTINS. Oficial da Imperial Ordem da Rosa, Cavaleiro da Real Ordem de Cristo de Portugal e Cavaleiro da ordem de São João de Jerusalém (Malta- 04-09-1867). Era Moço Fidalgo da Casa Imperial. Pais de: Paulo, Maria Amalia, Octavio, Ana Margarida, Maria Teresa, José, Luiz e Mariano - de Oliveira Roxo.

 

BRASÃO DE ARMAS: Em campo de púrpura uma contra banda de prata carregadas de três arruelas de góles, entre oliveira de ouro com frutos de sinople à destra e uma abelha de ouro à sestra. DIVISA: Virtute et Labore. (Brasão passado em 4 de Março de 1867.Reg.no Cartório da Nobreza Liv.VI,fls.74).

 





 

 

Fazenda Jurea

Foi recebida pelo Visconde de Tocantins, irmão do Duque de Caxias, quando do seu casamento com Emiliana Umbelina Breves de Moraes, natural de Santana do Piraí, Estado do Rio de Janeiro, filha de José Gonçalves de Moraes e  Cecília P. Frazão de Souza Breves - barões de Piraí.  Posteriormente a fazenda foi transferida em vida a seu filho Luiz César de Lima e Silva.  Atualmente é de propriedade dos Fragoso Pires.


O nome Jurea em língua indígena significa "lugar alto", origem do nome da fazenda em função do ponto de maior altitude na região se localizar no centro de suas terras.
 

Retornar


© 1996/2007— Todos os direitos reservados: Aloysio Clemente M. I. de J. Breves Beiler
História do Café no Brasil Imperial - Rio de Janeiro, RJ.