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Vila da Fumaça
02/OUT/1788 – data do ofício de criação da aldeia de São Luis Beltrão,
por ordem do quarto Vice-Rei, Luiz de Vasconcellos e Souza. Coube a
tarefa ao Capitão e
sargento-mór em comissão Joaquim Xavier Curado.
Aldeia criada para abrigar os índios Puris, primeiros habitantes de
Resende. Nos confrontos entre brancos e índios, estes foram dizimados, e
os que restaram foram “confinados” a uma aldeia sob a guarda do Padre
Francisco Xavier de Toledo, onde foi erguida uma capela em homenagem a
São Luis Beltrão. Desde o início de nossa história, índio não é gente, o
branco chega e impõe seu domínio, mesmo que para isso mortes ocorram.
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Em 1864, morre o último Puri: Victoriano Santará.
A aldeia passou a Curato e depois a Freguesia de São Vicente
Ferrer, sendo também mudado seu local de instalação onde
permanece até hoje.
Pelo decreto de 15 de dezembro de 1938 passou a se chamar Vila
da Fumaça em homenagem a cachoeira existente no local que em sua
queda maior é possível observar uma neblina de fumaça. |
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Foto: João Bosco |
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Pelo Decreto de 197
de 28 de dezembro de 1988, foi criado o Parque Municipal
Cachoeira da Fumaça-Jacuba, em uma área de 180 alqueires em 3 de
abril de 1913 pelo município de Resende, do espólio do
comendador Joaquim José de Souza Breves, sendo 150 alqueires á
margem direita à margem direita do Rio Preto e 30 alqueires à
margem esquerda. |
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Fumaça possui hoje a única cachoeira de porte, do Município de Resende,
formada pelo Rio Preto e tombada como Patrimônio Histórico e
Paisagístico, pelo Decreto n° 043 de25 de março de 1999.
A cachoeira está situada na Área de Proteção Ambiental da Serra da
Mantiqueira. Vila da Fumaça tem duas igrejas sendo a principal a de São
Vicente Ferrer, santo espanhol nascido em 1350 e a de Nossa Senhora dos
Aflitos e possuía cemitério para ricos e pobres; o dos ricos a entrada
era pela sacristia da igreja e com muros altos de pedras. Ainda hoje as
pedras que formam o piso das portas laterais da igreja, foram tiradas
das paredes deste cemitério.
João Luiz Fernandes vende 1 fazenda c/ 100 alqueires, sendo 16 de mata
virgem, 130 mil pés de café produzindo 1200 arrobas, gado, animais e
benfeitorias. Vende por avaliação e também com escravos.” Esta fazenda,
foi anos mais tarde adquirida por Manoel Nunes Teixeira e era conhecida
do Fazenda Velha.
Aldeia, Curato, Freguesia, Vila e hoje com 221 anos não possui índios,
escravos mas com certeza, na memória dos mais antigos, há muita história
para
contar. Não tenho conhecimento que os outros distritos de Resende tenham
tido um nascimento onde vidas foram ceifadas, uma etnia abortada e
soterrada para a satisfação do homem branco.
A “COOPERE – Escola Um” engajada no processo de formar cidadãos
conhecedores da sua região sob a batuta da dinâmica professora Rosana
Martins, com o envolvimento do corpo docente, vem desenvolvendo o curso
de Multiplicadores em Educação Ambiental – Valorizando a Região nesta
instituição. No último dia 5 de setembro, a aula foi na Vila da Fumaça,
onde os alunos tiveram que apresentar um relatório sobre a visita
orientada.
Nada melhor do que reproduzir três relatórios dos alunos e o da
coordenadora da escola que sob o olhar dessas pessoas, perceberam a
importância e a riqueza desta Vila para o município de Resende e que
hoje faz aniversário. |
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Foto: João Bosco