Resende e os Puris da Fumaça

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Índios Puris

Tribos nas margens do Rio Paraíba do Sul: Tamoios, Guarumirins, Guaranazes, Puris, Tupinambás, Temiminós, Guarulhos, Coropós e Goitacazes. As principais aldeias Puris eram onde hoje se situam as cidades de Lorena, Queluz e Resende (Vila da Fumaça).

Por volta de 1780, diante da dificuldade de derrotar os Puris, os brancos contaminam-os com varíola. Em 1788, eles vão fugidos pela Serra da Mantiqueira para áreas onde hoje estão a Serrinha do Alambari, Visconde de Mauá e localidades de Minas Gerais.

Puri (Por-i) significa povo miúdo, de pequena estatura. Eram troncudos de pele vermelha, fina e macia, com cabelos lisos e escorridos sobre os ombros. Povo nômade, moravam sob folhas de bananeiras sustentados por varas, onde acendiam fogueiras e estendiam redes feitas de embira. Só possuíam chefe em tempos de guerra. Os homens faziam armas, caçavam e guerreavam. As mulheres colhiam os alimentos e confeccionavam utensílios de barro e taquara.

O casamento era poligâmico, a união podia ser desfeita pela vontade de um ou de outro e em muitos casos os homens ajudavam com o novo marido. Sua maior diversão era a dança, pintando-se de vermelho (urucum), azul (genipapo) e preto (carvão). Nesses momentos, os puris formavam fileiras de homens e mulheres, sem distinção de idade, e se punham a cantar e dançar.

Viam a morte como uma passagem para outra vida. A imortalidade da alma era inquestionável para essa tribo e o “outro mundo” era visto como uma mata agradável, onde havia muitos pés de sapucaia e caça abundante.

A extinção dos Puris

Para acabar com os constantes incômodos causados pelos índios aos primeiros moradores da região foi chamado o Sargento-Mor Joaquim Xavier Curado. Neste período houve sangrentas lutas e vários índios foram expulsos ou mortos. Só um grupo decidiu ficar e então foi criada na localidade de Fumaça uma aldeia dos Puris. É por isso que até hoje os antigos moradores do distrito chamam a região de Aldeia.

Tempos depois os Puris foram aprisionados para trabalhar como escravos nas fazendas e começou um processo de extermínio dos índios. Para provocar a sua morte, os conquistadores chegaram a disseminar a varíola entre eles. O último a morrer, em 1864, foi o índio Victorino Santará.

 

 
     
 

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