Foto: Casarão
do capitão mór José de Souza Breves
Demolida para dar
passagem às águas do "progresso". A bela Igreja Matriz
de São João Marcos foi dinamitada, e
a água do represamento da Usina nunca chegou próximo de seus
alicerces.
O caso de demolição mais
traumático foi o da igreja matriz. Sua construção havia sido
iniciada em 1796 e terminada em 1801. Sua arquitetura trazia
influência maneirista, típica daquela empregada pelos jesuítas,
e barroca. A fachada principal era caracteristicamente
maneirista, com as torres já evoluindo para o barroco, decoradas
com quatro pináculos e azulejos portugueses. Seu interior era
todo decorado em ouro. Sua construção era tão sólida que os
recursos "normais" utilizados para as outras demolições não
foram suficientes.
A Light contratou um
especialista, morador de Rio Claro, para dinamitá-la, pois os
operários se recusaram a fazer o serviço. Sobre essa pessoa,
conhecida por todos como Sr. Dudu, pairaram boatos quanto a seu
destino: por ter sido culpado pela demolição da matriz, os
moradores previram para ele toda sorte de castigos do Céu.
Segundo um dos depoentes, tais
castigos de fato se cumpriram. Sr. Wilson Coelho, filho do
Tabelião de Notas e Escrivão da Justiça em São João Marcos,
Elias Gomes Coelho, diz que o Sr. Dudu nunca mais acertou o
passo na vida, atraiu um "mau astral" que lhe teria causado uma
deformidade:
ficou corcunda a vida toda.
Anos depois... acabou, dizem que acabou em Valença no colégio de
freiras lá...Ele cuidava do jardim do colégio, curvado... |